segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um Acordo Divertido




CIEP 021 - General Osório
Nova Iguaçu - R.J - Agosto/2009
Profa. Andréa Gomes dos Santos
Turma: 1002 - Ensino Médio

Tema escolhido para o desenvolvimento das atividades:
Novo Acordo Ortográfico

Descrição das atividades:

1a. Etapa:
Por que foi realizado um Novo Acordo Ortográfico?
A partir de quando entra em vigor?
Quais foram as mudanças?

Pesquisar textos em pelo menos três sites sobre o assunto, selecionar e salvar em uma pasta com o nome do aluno.
Acessar o jogo sobre as novas regras ortográficas.

Sugestões de sites:
http://www.reformaortografica.com/
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/
http://www.emlm.arteblog.com.br/
http://alinguanoblog.blogspot.com/
http://www.fmu.br/

2a. Etapa:
Acessar sites sobre quadrinhos:
Pesquisar imagens para construção
do slide, selecionar e salvar.

Sugestões de sites:
http://www.charges.com.br/
http://www.monica.com.br/
http://www.google.com/images
http://www.dolls.virgula.uol.com.br/
http://www.gifs-animados.net/

3a.Etapa:
O que é o Editor de Apresentação - Impress ?
Explorar as ferramentas do impress, orientações gerais.
Analisar slides interessantes sobre as novas regras.

Sugestões de sites:
http://www.ufpa.br/dicas/open/imp-ind.htm
http://www.slideshare.net/

4a Etapa:
Produção de três slides sobre as novas regras, utilizando o material selecionado compondo uma história em quadrinhos.
Abrir o Impress, criar apresentação, inserir figuras e o texto.
Colocar o nome da dupla e o título da apresentação.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

TOONDOO - criando histórias em quadrinhos

Achei um recurso interesantíssimo para se utilizar na sala de aula:TOONDOO (www.toondoo.com)é uma ferramenta que permite a criação de histórias em quadrinhos. Sua grande vantagem é o uso das tirinhas produzidas no próprio site, em qualquer computador que tenha acesso à Internet.Basta cadastrar-se no site e pronto, mãos
à obra!!!

Retorno das férias escolares...

Na segunda, dia dezessete começaram as aulas, nas salas menos da metade dos alunos compareceram.Corrigindo o que eu havia dito anteriormente a tal gripe é muito preocupante, porque eles estão produzindo uma grande quantidade de remédios, pelo prolongamento das férias e principalmente pelo aumento do número de casos confirmados.Porém, acredito que os números reais sejam bem maiores do que os que foram divulgados oficialmente...Estou realmente preocupada, não há copos descartáveis, nem álcool gel como foi anunciado que haveria para as escolas públicas...
Creio que as férias deveriam ter sido prolongadas até o final de agosto, retornando no início de setembro, mesmo que trabalhássemos no sábado ou até janeiro para repô-las. O importante é preservar a saúde, mesmo sendo tão precária no nosso país...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Palavra do momento: Pandemia

Como a gripe suína está se espalhando pelo mundo rapidamente, resolvi colocar aqui a palavra relacionada à doença que está aparecendo em todos os veículos de comunicação.

pandemia
(grego pandemía, -as, o povo inteiro)

s. f.Surto de uma doença com distribuição geográfica muito alargada.


http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx?pal=pandemia

Gripe Suína II


Pois é meus amigos, mais uma vez as aulas das escolas públicas foram adiadas por conta do vírus H1N1. O retorno havia sido marcado para o dia dez de agosto, agora foi remarcado para o dia dezessete desse mês.Não creio que o adiamento contribua para se evitar o contágio, pois as escolas públicas (por exemplo, os CIEP's) são bem ventilados.O importante é evitar ambientes fechados e aglomerações, higienizar bem as mãos e se estiver com suspeita de gripe ficar em casa, saindo somente para procurar o atendimento médico.

sábado, 1 de agosto de 2009

Ortografia na Idade da Mídia


Leandro Ferreira, aluno de Pedagogia do Centro Universitário de Votuporanga (Unifev), em São Paulo, criou um site sobre as novas regras ortográficas. Vale a pena conferir!!

http://www.passoapassovotuporang.com.br/reformaortografica

Charges



www.conversanarede.wordpress.com


(maio/2009)
www.novaortografia.blogspot.com

Um pouco "carregada" a charge acima, mas é justamente isso o que caracteriza as charges. Carregam, exageram, para denunciar uma realidade que nem sempre enxergamos com clareza.

Evanildo Bechara




Evanildo Bechara fala sobre acordo ortográfico


Evanildo Bechara tinha 11 anos quando cometeu seu primeiro erro de tradução. Viajando de Pernambuco para o Rio de Janeiro, de navio, o garoto que se tornaria um dos gramáticos mais famosos do Brasil fez uma parada em Salvador. Entrou num restaurante e pediu um vatapá. O garçom perguntou como ele queria o prato. Bechara respondeu: "bem quentinho", como era costume fazer-se em sua terra para determinar a temperatura da comida. Acabou tendo de engolir um bocado com muita pimenta. Foi então que as lágrimas brotaram de seus olhos.


Bechara: contrário às grafias diferentes "Aprendi na pele que "bem quentinho", na Bahia, era "bem apimentado". Por conta desse episódio e de outros que vivi quando minha família me mandou para o Rio para estudar, passei a me interessar pelas diferenças que a língua portuguesa tem em diferentes lugares. Aí virei professor, viajei, dei aulas no exterior, lancei meus livros e cheguei aqui", resume.


Bechara, 80, hoje ocupa a cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 2000, e tem uma dura tarefa pela frente. A partir de 1º de janeiro, quando as regras do Novo Acordo Ortográfico entrarem em vigor em oito nações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, será ele a autoridade máxima no Brasil para decidir as possíveis querelas e pendências com relação ao modo como os brasileiros terão de passar a escrever.


"Não me sinto confortável nessa posição. É muito incômodo. E é claro que a interpretação que fiz está sujeita a erros. Só não erra quem não faz", disse em entrevista à Folha de S.Paulo, na sede da instituição, no Rio.


As regras têm como objetivo unificar as diferentes grafias que o português tem nos países em que é língua oficial. Elas começarão a ser aplicadas em janeiro de 2009, mas as atuais continuarão sendo aceitas até dezembro de 2012.


No caso brasileiro, as principais mudanças serão a eliminação de alguns acentos e do trema e a adoção de outras regras para a hifenização. "Tem gente fazendo tempestade em copo d'água. Já passamos por cinco reformas e nunca houve um grande trauma. E mais, o Brasil sempre foi quem mais cedeu até hoje. Nesta reforma, está acontecendo o contrário, os outros países, Portugal principalmente, é que estão cedendo mais", diz.


De todas as mudanças, as que regulam o uso do hífen têm causado mais polêmica. Bechara explica que a idéia, de um modo geral, foi a de "suavizar" sua utilização. "Como um homem comum, que não é um gramático nem tem formação técnica sobre a língua, pode saber, por exemplo, que uma expressão é um substantivo que em outros casos pode ter outra função? Ao tirarmos os hífens, estamos facilitando a sua vida."


Contexto

O gramático explica que o espírito das novas regras é deixar que o contexto explique aquilo que a ortografia não alcança. É o caso, por exemplo, da contestada retirada de acento de "pára", do verbo "parar".


Como diferenciá-lo da preposição "para"? "Bem, quando se diz "manifestação para avenida", fica bastante claro que se trata do verbo, porque os outros elementos na frase levam a essa dedução", diz.


O caso dos ditongos que perdem o acento, como "idéia", também causaram estranhamento. "Não é possível termos duas grafias diferentes para o mesmo tipo de formação. Por que "aldeia" não tem e "idéia", sim?"


Bechara acha que a retirada do acento não vai confundir, por exemplo, crianças em processo de alfabetização. "O primeiro aprendizado de uma pessoa é sempre imitativo. Depois vem a reflexão. Quando ela for aprender a escrever, já saberá a diferença de pronúncia das duas palavras sem que seja necessário usar um sinal gráfico."


Para Bechara, a reforma ortográfica é necessária para defender a língua portuguesa. Trata-se do único idioma falado por um grupo majoritário - mais de 230 milhões de pessoas - no mundo a ter duas grafias diferentes. "É essencial que o português se apresente internacionalmente com uma única vestimenta gráfica. Para manter o prestígio e para que seja melhor ensinado e compreendido por todos", conclui.


Fonte: Folha de S.Paulo
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=48924

Conto - Querido U (Carta do Trema)



Querido U,

Até que enfim consigo te escrever, meu amigo. Demorou porque optei pelo recurso da tradicional e antiqüíssima carta.

Não estava disposto a enfrentar a censura dos corretores ortográficos dos e-mails. Queria sentir mais uma vez o gostinho de me expressar em bom português. Pois aqui estou. E creio que o primeiro a ser dito, daqui da Alemanha, é sobre a vergonha que sinto quando penso no passado.

Calma, amigo U. Passado recente. Não os mais de cinqüenta anos vividos no Brasil. Não seria inconseqüente assim. Refiro-me ao tanto que tremia ao pensar no meu futuro pós-ditadutra. Lembras de como eu mirava com obliqüidade para o amanhã? Lembras, eu dizia que, depois da ditadura ortográfica, só me restaria me associar ao Ponto-final e tentar vaga de reticência.

Cogitei também me virar, tentar ser dois-pontos ou até, no auge da intranqüilidade, emoticon! Vergonhoso. Mas vocês me apoiaram, argüiram que o horizonte era bem melhor. Recordo-me, lá na festa de despedida organizada por ti, U. Todos me incentivando.

O Til, naquele humor típico de tiozão, a dizer “Mas os caras amam lingüiça, lá tu vai cair no gosto deles!” E não é que estavam mesmo todos certos? Tranqüilize todos! Até mesmo a boa e velha Exclamação, por favor, tranqüilize-a. Conte aí que, desde que desci sobre Düsseldorf, meu camarada, me sinto recebido de dicionários, ou melhor, wörterbuch abertos.

Nenhum problema com imigração, xenofobia, preconceito, o que for. Os alemães me a-do-ram. Sinto na atmosphäre do país que todos me querem. Fazem questão da minha presença. Não há fräulein que saia de casa sem mim. Tem apfelstrüdel pra lá, küchen pra cá, chopp e prösit a toda hora, só vendo, U. Claro, não vou negar o passado.

Minha insistência em permanecer no Brasil, apesar dos medos e inseguranças que a população tinha ao meu respeito. Sim, amava viver por aí. Mas me comove ver aqui crianças que me adotam desde pequeninas. Sabe quando você vê uma criancinha brincando com um cachorro grandão, de botar medo em muito barbado? Esse são os alemãezinhos, U!

Mal aprendem a escrever, já me botam nos cadernos. Aqui não sou bicho papão. Confesso até às vezes estranhar essa minha ubiqüidade! Esse estar por todos os lados. Nunca trabalhei tanto na vida, nunca fui tão lembrado, rapaz. Os alemães não se dirigem a um outro europäer sem me levar junto.

Estou muito fröhlich – que, se você não sabe, é como eles falam alegre. Isso é que é primeiro mundo, meu velho. Tenho pensado até em escrever para a Crase e o Ponto-e-vírgula. Sei dos seus medos de serem exilados como eu em uma nova “reforma” aí no Brasil. Pois não esperem, venham logo tentar a vida por esses lados na Europa (dizem que a França tem muito mercado para a Crase, sabia?).

Escreverei com certeza.

Não mentirei nem a eles, nem a você, meu amigo, que a saudade, em certas horas, bate forte. Mas aí lembro do tratamento digno de um eqüino que me dispensaram aí, reparo na recepção dispensada a mim por aqui, e eis que digo: estou e sou feliz. Precisa ver o suporte que me deram. Diversas letras me levando nas costas para cima e para baixo, como só tu fazias por mim. Tratamento top. Ou melhor, über!

Veja nas fotos, já me levaram para München, Lübeck, Münster e tantos outros lugares. Até para Dänemark já me carregaram. Te mete! Para quem não tinha acesso a uma capital do Brasil, hein? Me sinto quase uma autorität por essas terras. Mas, por favor, não pense que me esqueço de tudo o que vivemos. Nunca cometeria esta iniqüidade!

Como esquecer da despedida que vocês prepararam? Que festa! A e Agá juntos botando som? Depois o I mais o E, mais o Agudo. Aí foi a vez do Ó junto com o Agá! Que belos DJs! Até tu, junto com o incansável Agá, botaste a turma a fazer Uhu! Inesquecível, amigo. Teve até aquele momento em que os irmãos Parênteses pediram uma pausa para o discurso ensaiado com o Travessão! Se não estivesse apoiado em ti, juro que eu teria caído antes da hora.

Saudade, se houvesse em alemão, certamente eu ajudaria a escrever.

E até por isso comemoro tanta agitação, tanto convite nos lados de cá. Assim fico ativo, me sinto vivo, não fico a recordar e toco o barco, vou em frente por que atrás vem gente. Por falar nisso, muita gente. Inclusive, tenho que me despedir para ir até a universität (sim, amigo, aqui a academia faz questão da minha presença).

Aguardo notícias tuas.

E avise aí. O Trema não caiu!

Auf wiedersehen

Saudade, küssen e abraços do seu, acima de tudo, amigo.

Trema


(de Reginaldo Pujol Filho, através do Blog da Livraria Cultura)